O que te faz transbordar? Você já pensou sobre isso?
Em tempos tão loucos e insanos como estamos vivendo com excessos de toda ordem, difícil parar um momento para refletir sobre o que nos toca, sobre o que no emociona e nos faz transbordar.
Transbordar já diz o dicionário é “sair das bordas, extravasar, derramar-se, espalhar-se em torno: o rio transborda; o vinho transborda o copo.[Figurado] Manifestar-se impetuosamente, ultrapassar os limites: a cólera popular começava a crescer e transbordar.Estar possuído de (um sentimento): a amargura transbordava-lhe do coração.”
É sinônimo de extravasar e pensando exatamente nisso, em sentimentos, na sensibilidade de momentos quotidianos que a talentosa fotógrafa Juliana Stringhini Ruchita apresenta, no Instituto Juarez Machado, a exposição “Transborda”
A exposição de arte contemporânea é inédita e interativa e traz uma visão crua e sensível do TRANSBORDAR. através de uma série de retratos de pessoas encontradas nas ruas, nos mercados e praças da América Latina, e registradas em um instante de transbordamento emocional.
Sem muito protocolo a artista utiliza sua câmera envolvida em pano preto como os antigos lambe-lambes e propõe um mergulho do fotografado em suas emoções mais verdadeiras. A sinergia orgânica das palavras, num momento íntimo e sem direcionamento predefinido, funciona como uma espécie de chave que abre e revela uma emoção. Juliana se confronta com suas próprias indagações e o desejo de se conectar com o outro, mesmo que por alguns instantes. “Quando a pessoa transborda, ela se revela, tira o véu, baixa as defesas. E, esse momento de transbordamento emocional é como um alívio e uma permissão, para vislumbrar a si mesmo”. Em um mundo de tantos filtros, tantas máscaras e contenções sociais, a exposição tem a intenção de sensibilizar o expectador para o que ainda toca o ser humano. Em mais de um ano de interações e mais de 400 fotografados nem sempre houve um transbordamento. Não é fácil se deixar transbordar.
Coletando fragmentos de vidas, Juliana abre espaço para fazer uma topografia de quem nós somos quando algo nos traz à tona, mesmo que por um vislumbre. Um instante onde se perde o controle. Onde uma palavra ou uma lembrança tocam fundo, e fazem a vida passar pela borda.
Falando um pouco mais da Julia ela é fotografa graduada no International Fine Arts College, de Miami, nos EUA. Já trabalhou com produção musical, dança, moda e fotografia. Nos últimos anos, busca extrapolar os limites do suporte fotográfico, promovendo um mergulho em todas as frentes de seu repertório pessoal, numa pesquisa mais avançada como Artista Multimídia. Faz parte de seu aprimoramento de conceitos, o mentoring com o curador e artista canadense Scott MacLeay, além de imersões, oficinas e visitas às principais exposições de arte do mundo com o pensador Charles Watson.
Sua pesquisa, como artista contemporânea, após dois anos de trabalho, resulta agora na exposição TRANSBORDA. Eu estou super curiosa para visitar a exposição e para viver e me emocionar com a coletânea de fotos. Isso é transborda é permitir-se emocionar, viver sentimentos e extravasar aquilo que está dentro da sua alma e de seu coração. Fotos:reprodução/acervojulianastringhini.
Exposição Transborda
Local: Instituto Internacional Juarez Machado – Joinville
Datas: de 11 de novembro de 2017 a 8 de fevereiro de 2018
Horários: ter – Sab das 10h às 19h – Dom das 15 às 19h
Atenção: a bilheteria fecha todos os dias as 18:30h, ok?
Os valores são R$8,00 a inteira e R$4,00 a meia entrada.
www.julianastringhini.com.br